Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

Clube 356 na Bacalhoa

Mais imagens da visita do Clube 356 à Quinta da Bassaqueira e Palácio da Bacalhoa. O belíssimo cenário, a qualidade e a quantidade dos carros dispensam comentários.







Uma História Portuguesa

Na década de 60 a Polícia de Viação e Trânsito adquiriu um Porsche 356 Roadster (imagens de cima) preparado segundo as especificações  da função a que era destinado. Várias outras polícias rodoviárias europeias adoptaram este mesmo modelo em versão idêntica. Acontece que um belo dia o Porsche 356 matrícula BL-74-09 (que vemos na volta de honra de Montes Claros 1962) sofreu um acidente em circunstâncias nunca completamente esclarecidas e ficou completamente destruído. Para o substituir decidiu a PVT comprar em segunda mão um carro "parecido", mas em versão totalmente de série, o 356 B Cabrio que vemos ao meio e que era propriedade de Maria Helena e Octávio Duarte Ferreira. É esse mesmo carro que mais tarde (1968) aparece no circuito de Vila Real, em baixo,  com a mesma matrícula do Porsche original. Interessante, não é?






Clube 356 no Palácio da Bacalhoa

O Porsche Clube 356 Portugal deu início às suas actividades de 2014 com o seu já tradicional Passeio de Ano Novo que desta vez levou nada menos que 17 carros e seus tripulantes até ao Museu e Palácio da Bacalhoa, em Azeitão, onde decorreram visitas guiadas a estes dois espaços verdadeiramente extraordinários. O mesmo adjectivo (extraordinárias) aplica-se também às fotografias panorâmicas de Ana Catarina Silva.




VI Rallye Internacional de Lisboa (Estoril)

Joaquim Filipe Nogueira foi o vencedor do VI Rallye Internacional de Lisboa, prova organizada pelo ACP e que contava com o patrocínio dos jornais "Diário de Notícias" e "O Século". A prova seguia o mesmo modelo do Rallye de Monte Carlo, com os concorrentes a partirem de várias cidades europeias convergindo depois para o Estoril, onde tudo se decidia. A edição de 1952 seria a primeira a privilegiar a classificação por categorias sem contudo abandonar a designação de um "vencedor absoluto". Tal facto terá atraído um bom lote de carros de baixa cilindrada tais como os recentemente aparecidos Porsche 356, um modelo que viria a dominar claramente os acontecimentos oferecendo à marca uma das suas primeiras grandes vitórias internacionais.
Foto - Centro de Documentação do ACP
Bibliografia -  Gonga World de Gonçalo Macedo e Cunha

Mais 356 no Autódromo

Mais de vinte anos passados continuamos a tentar desvendar que destino levaram os Porsche 356 que um dia se apresentaram no Autódromo do Estoril para um encontro que teve este modelo como tema. Dos carros da imagem diremos que pouco se sabe relativamente ao IG-65-86 para além do número de chassis, #122730. Faz lembrar, até na cor, o bem conhecido IG-67-87, igualmente produzido em 1963. Já o Coupé da direita, chapa CB-62-36, é um 356 C de 1964 que pertence hoje a João Gomes, figura de referência do universo Porsche em Portugal.
Foto de João Correia Filipe



Monsanto 59

Pouco depois da partida para o V Circuito de Monsanto de 1959 (Taça Governador Civil de Lisboa) o Mercedes 300 SL de Manuel Duarte Júnior (nº 26) vai na frente, seguido pelos Porsche 550 Spyder de  Jorge Moura Pinheiro (nº 1) e Joaquim Correia de Oliveira (nº2). Um pouco mais atrás vem o Mercedes 300 SL branco de António Barros, o futuro vencedor absoluto. O Porsche 550 Spyder de Moura Pinheiro seria o vencedor da categoria Sport.


Poster 356 Cup / Porsche 917

Mais um excelente poster da autoria de Rui Queirós em que o artista "transfere" as decorações de vários Porsches 917 que competiram no início da década de 70 para um igual número de Porsches 356. Apesar da diferença de conceito e do facto de estes modelos terem sido concebidos com vinte anos de diferença a verdade é que a decoração resulta muitíssimo bem em ambos os casos.


Trinta Anos Depois

Esta fotografia tem mais de trinta anos e foi obtida no Autódromo do Estoril durante um evento de clássicos que contou com a presença de Stirling Moss. Os três carros são conhecidos e estão perfeitamente identificados. O primeiro da esquerda é um A Coupé de 1957, passou desde então por um processo de restauro, continua branco e pertence hoje a Frederico Valsassina. O carro do meio, um B Coupé de 1962, apenas mudou de cor. Hoje é cinza metalizado e continua a pertencer a Armando Begonha, vice presidente do Clube 356 Portugal. Finalmente temos o belíssimo A Cabrio de 1958, que continua vermelho e pertence a Luciano Cardoso.
Foto de João Correia Filipe


Onde Estará?

Ora aqui temos mais uma missão para os nossos Sherlock Holmes especializados em Porsche 356. O carro da fotografia é (era?) português e tal como muitos outros passou por várias vicissitudes durante o período que medeia entre o seu tempo "útil" até à fase em que se tornou "clássico". Parece razoavelmente seguro que se trata de um SC (ou C) produzido entre finais de 1963 e princípios de 1965. Falta apenas saber por onde andou e onde estará agora. Terá tido uma fase "Xuxa", expressão apenas entendível por iniciados.
Alguém pode ajudar?

















Eu não dizia? Aqui está o resultado da investigação do "agente" JF:
"O AI-96-62, foi matriculado em Portugal em 20/12/1963, é um C fabricado pela Reutter depois de Julho de 1963 com o chassis 127458. Pertence (?), a João Menezes Ferreira desde 1991.
Desconheço se ainda estará por Lisboa.
JF "

Mais um Bom Livro

Acabadinho de chegar, eis um excelente livro sobre brochuras originais Porsche 356 que inclui também catálogos de cores, acessórios, especificações, etc. Compreendendo mais de trezentas páginas de boa qualidade, este trabalho foi editado originalmente em 1978 por Susan Miller e Richard Merritt, tendo passado por diversas revisões desde então. O exemplar agora recebido foi simpaticamente autografado pelos autores.
Como curiosidade assinalo o facto de a encomenda postal incluir seis selos da série "inverted Jenny", um selo produzido em 1924 e que por erro foi impresso com um avião virado "ao contrário". Uma preciosidade para os coleccionadores.




Polícia de Trânsito em Vila Real

Circuito de Vila Real 1968. O Porsche 356 Cabrio da GNR, então ainda Polícia de Viação e Trânsito, no desempenho de funções oficiais. O carro era utilizado para formalmente proceder à abertura e ao encerramento do circuito.
Foto de António Videira


Bagageiras

É sabido que os Porsche 356 não foram concebidos para transportar muita bagagem. O espaço disponível na parte da frente do carro é muito limitado e apenas por trás das cadeiras do condutor e passageiro se pode transportar qualquer coisa. Para compensar esta limitação a Reutter desenvolveu no início dos anos 50 uma pequena bagageira em metal para ser colocada sobre o capot do motor e capaz de transportar uma mala de viagem. Em 1956 a mesma Reutter apresentou um novo desenho que permitia mais capacidade de transporte em melhores condições, mas seria um "outsider", Lietz, a produzir a bagageira que se viria a revelar mais divulgada e popular. Para além destes existem várias outros fabricantes com propostas e preços semelhantes.



A bagageira Reutter original (à esquerda)  e a versão Lietz (à direita) instalada num 356 A. Em baixo algumas das opções disponíveis no mercado. Para mais informações sugerimos que consultem o site Automotion