Rali Internacional Aveiro-Estoril - 3 a 6 de Dezembro de 1959
Prova organizada pelo ACP, a contar para os campeonatos Nacional e Europeu. Cerca de 90 concorrentes saíram de Madrid, Barcelona, Lisboa e Porto, juntaram-se em San Sebastian e vieram até Aveiro. Com algumas provas complementares de permeio – apenas 5 – terminaram a prova no Estoril. Dos 70 classificados, os quatro primeiros foram:
1º Abreu Valente – Freitas Morna – Mercedes 300 SL
2º Oreiller-Coltelloni – Alfa Romeo
3º Manuel e Augusto Palma – Porsche
4º “Pinca” – Porsche.
Vamos a este último:
- Inscreve-se com aquele pseudónimo;
- Aparece nas classificações com o mesmo pseudónimo;
- Mas, a SACOR publicita-lhe a classificação com o seu verdadeiro nome, e sem as classificações
serem as oficiais;
- Nunca aparece o nome do “pendura”;
- Que não lhe deve merecer consideração bastante para lhe pôr um capacete na cabeça!
- Nas primeiras classificações (ver anúncio) aparece em 3º da geral;
- Depois de apreciadas várias reclamações, cai para quarto, uma vez que os franceses saltaram
das “profundezas” para o segundo lugar.
Esta prova ficou marcada pelas pesadas penalizações impostas pelo regulamento, que obrigava a que a cor dos números contratasse com a da viatura.
Este Europeu estava a ser discutido entre o sueco Erik Carlsson e o francês Paul Coltelloni, que comprou de propósito para este rali (o último do Europeu) um Alfa Romeo convencido que, assim, venceria o Saab de Carlsson. Num interessante livro da Saab, falando-se deste rali, pode ler-se:
“One year, 1959, Erik lost de European title because de start numbers on the sides of the car were the wrong colour.
E mais adiante: “Erik could finish fourth and still take the title and he was third to the finish line. Just before de prize ceremony, the news came: Carlsson to receive 25 penalty points for incorrect colour of the start number.”
Já agora, diga-se que os números deveriam ser pretos (segundo o ACP) e, na verdade, eram brancos.
Mas, sobre um círculo preto! E assim, lá se foi o título daquele gigante. De estatura e de “mãozinhas”.
- Colaboração de Ângelo Pinto da Fonseca, a quem muito agradeço.
Las informaciones d ela prensa española de la época son distintas:
"Entre los más perjudicados por esta arbitraria decisión se encuentra Alex Soler Roig, que habiendo ganado el segundo puesto en la clasificación general, a sólo dos décimas de punto del vencedor, el portugués Abreu Valente —cuyo triunfo no se discute— pasa al cuarenta y siete y pierde su primer puesto en la categoría de coches de gran turismo, hasta 1.600 cc.
Los afectados presentaron una reclamación, que los organizadores no atendieron,y depositaron sus mil escudos, que no les han sido devueltos. Desatendida la reclamación, se recurrió a la Federación Internacional, limitándose los portugueses, en el reparto de premios, a entregar únicamente el del vencedor del rally a su compatriota Abreu Valente."
Hay que reconocer que en esto del deporte, cada uno ve las cosas desde su punto de vista.
Saludos,
Ramón de Mateos