Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

No Reid´s, parte II

Dado o enorme sucesso ocorrido com o processo de identificação anterior, convido os nossos Bond, Poirot, Holmes, etc, a identificarem mais estes. Não tenho dúvidas que a solução para este problema vai aparecer rapidamente.
Nota: Como se esperava, os nossos serviços de "espionagem" foram lestos a desvendar mais este mistério. A identificação destes carros está já no Registo 356.
His name is "Effe". Jay Effe"



No Reid´s

Descobertos recentemente na ilha da Madeira pelos nosso serviços de "espionagem" (MPC*), eis alguns Porsche 356 locais ainda não totalmente identificados. Já existe alguma informação sobre datas de registo  e versões,  falta saber o nome dos felizes proprietários.
Alguém pode ajudar?
* - MPC - Marco Pestana e Cia, a quem muito agradeço.
Já estão identificados. Esqueçam James Bond, Hercule Poirot, Sherlock Holmes e outros amadores. O nosso (sim, nosso) JF dá-lhes dez-a-zero.
Consultem o Registo 356 para saber mais.




"Racing" Super 90

Descoberto na última Motorclássico por Gonçalo Macedo e Cunha, eis mais um Porsche 356 português ainda não completamente identificado. Sabe-se que pertence a José Luís Esteves, que se trata de um Super 90 e que ... está muito bonito e cuidado.
Quaisquer outros detalhes sobre o carro, nomeadamente chassis e história recente, serão muito bem vindos.


Rumo a Olivença, parte III

Para encerrar o capítulo Olivença, aqui se deixam duas imagens relativas ao regresso a Portugal e à passagem da caravana Porsche 356 por Elvas e pela Herdade da Torre do Frade, em Monforte, onde Fernando Carpinteiro Albino tinha preparado uma calorosa (e saborosa...) recepção.
Como é habitual, os dezassete Porsche 356 que participaram neste evento regressaram aos respectivos pontos de partida, Porto e Lisboa, sem apresentarem quaisquer problemas técnicos de maior. Apenas um dos venerandos "pilotos" deu alguns preocupantes sinais de cansaço (seria do tinto?), tendo sido forçado a uma pausa não planeada para recuperar os reflexos.
Mas tudo acabou bem.

 Em Elvas, junto ao aqueduto
Na Torre do Frade, durante o almoço.

Rumo a Olivença, parte II

Tudo terá começado com uma cena de "ciúmes". A França não gostava que Portugal mantivesse uma antiga Aliança com Inglaterra e gostava ainda menos que isso permitisse aos ingleses a utilização dos portos marítimos portugueses. Vai daí convenceram os espanhóis a invadirem Portugal, tarefa que se revelou demasiado fácil.
Comandados por Manuel de Godoy, 30 mil espanhóis entraram pelo Alentejo dentro sem pedir licença, tendo sido confrontados com 3 mil portugueses comandados pelo Duque de Lafões, um velho Marechal com 82 anos de idade e que há muito tinha passado à reforma. Os espanhóis ganharam, desta vez, e Portugal teve de assinar o tratado de Badajoz, através do qual considerava integrada no território espanhol a vila de Olivença. 
Resolvida a questão pela via militar, Manuel de Godoy resolveu enviar à rainha Maria Luisa um raminho de laranjeira, sinal de código para o sucesso da empreitada. Só o pobre Rei Carlos IV não percebeu que a Rainha e o Godoy tinham um arranjo e que as laranjas traziam "água no bico".
  Foi para recordar este lamentável episódio que o Porsche Clube 356 Portugal resolveu montar uma expedição motorizada a Olivença, contando com uma "armada" de 14 Porsche 356 (seriam 17, no regresso) e um efectivo de 25 gloriosos "combatentes". 
A população da vila não resistiu à "invasão", bem pelo contrário. O primeiro Guardia Civil que apareceu logo se prontificou a arranjar um parque vigiado para os nosso "coches", permitindo assim que os "invasores" almoçassem tranquilamente e pudessem efectuar uma interessante visita ao riquíssimo património escultural e arquitectónico que os portugueses deixaram nesta terra. Para prevenir qualquer indigna referência aos factos ocorridos em 1801, o Clube 356 fez-se guiar por um professor de História vindo de Estremoz, o dr Carlos Luna, alentejano legítimo e profundo conhecedor da matéria.
À noite, os "guerreiros" repousaram no Rocamador, um mosteiro do século XVII agora convertido em hotel. O local seria bom para os monges de antanho, não tanto para viajantes do século XXI.

No dia do regresso, a caravana foi recebida em apoteose na cidade Elvas, tendo depois "marchado" em direcção à Herdade da Torre do Frade, perto de Monforte, onde a família Carpinteiro Albino tinha preparado um lauto banquete para que os expedicionários pudessem retemperar forças. E se recuperaram… 

No domingo, à saída do Rocamador.
As viandas produzidas no local e que chegam ao mercado com o nome genérico de "Carnalentejana" eram quase tão boas como o extraordinário tinto "Torre do Frade 2006", um vinho com estatuto para competir com o que de melhor se faz em Portugal.
O  Godoy poderá ter conquistado a Rainha, mas nem sabe o que perdeu por não ter ido um pouco mais longe.
Bem feito.

Rumo a Olivença, parte 1

Eram nada menos que 14 os Porsche 356 que se apresentaram para a viagem até Olivença e, contrariando o que habitualmente acontece com outras marcas, contavam-se já 17 quando tudo terminou na Herdade da Torre do Frade, já em Portugal. 
Tratou-se do Passeio de Primavera organizado pelo Porsche Clube 356 Portugal durante o fim de semana de 13 a 15 de Abril, um estrondoso sucesso de que as imagens falam bem melhor que qualquer texto.
Uma nota especial de reconhecimento para o nosso leitor Ramón de Mateos, residente em Espanha, que foi de propósito a Olivença para se encontrar com a caravana portuguesa, num gesto que muito nos sensibilizou.
A propósito, sigam este link Piel de Toro





O 356 "Laranja"

Se fosse hoje, Ernesto Neves poderia ser acusado (longe vá o agoiro…) de ser simpatizante incondicional do PSD ou algo parecido. Porém, no ano em que pintou o seu Porsche 356 SC desta cor, 1965, não existia em Portugal qualquer partido político digno desse nome e, em consequência, a motivação terá sido apenas de ordem estética. Como sempre acontece nestes casos, as opiniões dividiram-se perante o resultado final.
Procurando no catálogo Porsche, só no período entre 1959 e 1961 se encontra uma referência (5711) à cor "orange", mas a mesma parece substancialmente mais "fechada" do que aquela que foi utilizada. Em qualquer caso, esta opção não parece ter tido grande sucesso junto dos clientes da época e o próprio Ernesto Neves pouco tempo viria a manter este carro em seu poder nesta configuração, tendo trocado o Porsche "amarelo torrado" (como preferia chamar-lhe) por um novíssimo Lotus Elan.


"Dobradinha" 356

Em 1955, o I Rallye da Feira do Ribatejo iria proporcionar uma "dobradinha" Porsche, uma vez que João de Castro viria a vencer a classe III e a conseguir o segundo lugar  absoluto ao volante do seu Porsche 1500, logo atrás do carro idêntico (1300 cc) de Abreu Valente. 
Foi nesta prova que "Nicha" Cabral e "Mané" Nogueira Pinto se estrearam em competição, o primeiro ao volante de um Volkswagen Karmann-Ghia e o segundo tripulando o seu VW "Carocha" de todos os dias, com o qual venceu a classe respectiva.


A fotografia do jornal "Volante", com a respectiva legenda. Segundo o leitor "Luis", geralmente muito bem informado e documentado,  as legendas das fotografias dos Porsche 356 no Rallye da Feira do Ribatejo estariam trocadas, possibilidade que aceito sem reservas. Porém, gostaria de pedir ao nosso estimado amigo - que tantas vezes nos tem enriquecido com os seus tão bem fundamentados comentários - o favor de esclarecer a título definitivo esta matéria.
E muito obrigado, como sempre.
JG

"Butzi" Porsche. 11/12/1935 - 05/04/2012

Ferdinand Alexander ("Butzi") Porsche, nascido em Stuttgart em 1935, foi o membro da família destacado para acompanhar o desenvolvimento do sucessor do Porsche 356, trabalhando com Erwin Komenda no projecto daquele que viria a ser apresentado como modelo 901. Mais tarde, por imposição da Peugeot, a Porsche abandonou esta designação e nasceu o modelo 911. O resto é História.
"Butzi" orgulhava-se de ter sido o mentor do projecto 904, um carro que ainda hoje é tido como um dos mais belos automóveis alguma vez produzidos em Stuttgart, e também de ser o fundador da Porsche Design, uma empresa de comercialização de acessórios com sede em Zell-am-Zee, a cidade onde Ferdinand Alexander será agora sepultado, no jazigo da família.

Fotografia do memorial da família Porsche em Zell-am-Zee, cedida por Dede Seward
Mais informações em http://wp.me/p18of3-2g9 

Engº Abreu Valente

O Porsche 356 pre-A 1300 do engª Abreu Valente, vencedor absoluto do I Rallye da Feira do Ribatejo, em 1955.


I Raid Gigi / Quinta do Lago

Numa organização conjunta de Carlos Duarte Ferreira e Floriano Abecassis, realizou-se de 30 de Março a 1 de Abril aquele que ficará na História como o "I Grandioso Raid Gigi / Quinta do Lago", prova de "resistência eno-gastronómica" que levou um grupo de corajosos aventureiros a enfrentarem as primeiras chuvas do ano para se dirigirem ao Algarve, onde os esperava um verdadeiro festim para os sentidos servido num dos mais emblemáticos restaurantes de Portugal, o Gigi.
A viagem começou na manhã de sexta feira no Clube de Tiro de Monsanto e prosseguiu com a travessia do Sado a bordo de um dos ferries que servem a península de Tróia, tendo  continuado ao longo da costa até pouco depois de Sines, onde se realizou o primeiro "pit-stop" no magnífico Arte e Sal, um restaurante de praia que serve uma deliciosa açorda de marisco, entre muitas outras coisas. Na manhã do dia seguinte, sábado, o Luis Brito guiou a caravana através do Algarve "profundo", até que à hora do almoço todos se dirigiram para o Gigi, na praia da Quinta do Lago, onde teria lugar uma verdadeira "orgia" de peixes, mariscos e champanhe, tudo preparado e servido de acordo com os elevados padrões da casa. Esta soberba viagem dos sabores durou várias horas (a partir de certa altura deixei de saber contar…) e já a noite se anunciava quando os fatigados mas felizes participantes se retiraram (temporariamente, ao que consta…) para os seus aposentos no Monte da Quinta Suites.
Ainda falta muito para o próximo Raid?
PS - O Clube Porsche 356 esteve representado nesta difícil e espinhosa* missão por João Ruela e António Simões do Paço, além do  "carrito do costume", naturalmente.
* - o adjectivo não é relativo a peixe, como alguns poderiam pensar.



Peixe e marisco, obviamente