Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

Monforte - "Herdade da Torre do Frade" / À espera do Porsche Clube 356 Portugal

De Volta a Espanha

De 13 a 15 de Abril próximo, o Porsche Clube 356 Portugal organiza uma "expedição" pacífica a Olivença, na altura em que se completam dois séculos sobre a anexação desta cidade pela coroa espanhola na sequência de um breve conflito militar que ficou conhecido como Guerra das Laranjas. O objectivo do Clube consiste exclusivamente em proporcionar aos seus membros uma visita guiada à cidade e ao seu magnífico legado arquitectónico de inspiração manuelina, de resto muitíssimo bem conservado.
A "embaixada" portuguesa ficará alojada no Hotel Rocamador, um antigo mosteiro do século XIX situado a cerca de 30 km de Olivença, numa zona onde hoje estão localizadas algumas das principais ganadarias de Espanha.
No regresso a Portugal, os valorosos expedicionários irão recuperar das canseiras da viagem na Herdade da Torre do Frade, em Monforte, onde se produz um dos melhores vinhos do Alentejo e se coordena a produção e comercialização da "Carne Alentejana", provavelmente a marca de carnes mais reconhecida em Portugal. Com toda a justiça, diga-se.
Vejam o filme (em cima), se quiserem conhecer as razões do que ficou escrito.

A primeira "expedição": Guadalupe, Março de 2010

III Rallye do Sporting

Mais uma preciosa colaboração do Gonçalo Macedo e Cunha que descobriu ( e cedeu) o cartaz que anuncia o III Rallye do Sporting, disputado em 1960, e uma imagem relativa a um Porsche 356 em plena prova, cujo proprietário está ainda por identificar.
Mas não irá ficar no anonimato durante muito tempo, seguramente.
Segundo Ângelo Pinto da Fonseca, a quem uma vez mais agradeço, o Porsche nº12 era tripulado por Francisco Veloso Matias, que terminou a prova em 7º lugar e assim contribuiu para a vitória do Sporting na classificação final por equipas. Nesta época, as classificações por equipas eram obtidas ponderando os resultados obtidos pelos 3 melhores elementos de cada uma.



Porsche vs Alpine

A imagem refere-se aos treinos da Taça Cidade de Lisboa, prova integrada no I Circuito Internacional de Lisboa de 1953. Nela pode ver-se o Porsche 356 pre-A de D. Fernando Mascarenhas, futuro vencedor, à frente do Renault Special de Jean Rédélé, o garagista francês de Dieppe que viria a fundar a marca Alpine após ter vencido a classe respectiva no Rallye dos Alpes de 1954 ao volante de um Renault R4. 
Em 1953 já Rédélé preparava e testava carros de desporto para a Renault, pelo que se pode considerar como altamente provável que tenha sido em Portugal que os primeiros Alpine foram desenvolvidos.

Guarda de Honra

Não é todos os dias que uma "brigada" de Porsche 356 se dispões a fazer de Guarda de Honra a qualquer outra marca ou modelo. Acontece que o Mercedes Benz 300SL "Gull Wing" que subitamente apareceu no alto de Oitavos em Janeiro, pouco antes do início do Passeio de Ano Novo do Clube 356, não é "um modelo qualquer" e consideramos que bem merece a distinção de surgir em tão boa companhia.


O Porsche do Avô

Colaboração de Armando Begonha a propósito do 356 Convertible D de António Simões do Paço.

Anatomia de um Porsche 356

A Editora Nova Cultural, uma subdivisão da Editora Abril, de S. Paulo, produziu uma colecção de livros intitulada "O Carro", onde o Porsche 356 é apresentado no capítulo "Os melhores carros do mundo" com direito a descrição e diagrama, que aqui se publica em duas metades. Originalmente esta colecção fora publicada pela editora Orbis Publishing Ltd, de Londres.
O texto nada tem nada de verdadeiramente novo, mas o desenho dos interiores é de indiscutível qualidade.
Agradeço ao "Nené" Neves mais este valioso e inestimável elemento de consulta.



Vila do Conde 1963

Joaquim Filipe Nogueira participou no circuito de Vila do Conde de 1963 ao volante do Porsche 550 Spyder ex-Jorge Moura Pinheiro. Terminaria a prova em segundo lugar, logo atrás do Jaguar E de Luis Fernandes que se vê a seu lado na imagem. Nesta altura já o HF-23-70 tinha quatro anos de corridas em Portugal e apresentava uma configuração substancialmente diferente da que tinha em 1959, quando foi importado. Apesar disso, e graças ao talento de Filipe Nogueira, o carro continuava a ser competitivo.


Rallye de S. Martinho 1964

Mais uma imagem de Ernesto Neves, suponho que inédita, obtida no decorrer do Rallye de S. Martinho de 1964, ao volante do Porsche 356 com que deu início à sua carreira nos automóveis. A acção passa-se na Praia das Maçãs, no concelho de Sintra.
O vencedor do rallye seria Américo Nunes, em carro idêntico. What else?

Barra Compensadora

Como, durante o recente processo de certificação, foi detectado um Porsche 356 que estava equipado com uma mola de compensação na suspensão traseira, o nosso amigo João Folgado teve a gentileza de nos enviar uns diagramas onde se explica o funcionamento da mesma. Este acessório era frequentemente instalado nas versões mais desportivas e na actualidade continua disponível através dos habituais fornecedores de componentes, nomeadamente Stoddard e Hofmann.
Os comentários dos leitores mais entendidos nestas matérias serão muito bem vindos, a bem do esclarecimento de todos.





















Escreve o leitor MM
A suspensão traseira dos 356 funciona como um duplo pendulo em que os pontos fixos são a mola de torsão e o diferencial. Assim, por exemplo, quando se faz uma curva para a esquerda a maioria do peso do carro desloca-se para o lado direito o que faz torcer a mola (barra) de torção. Ao torcer, o braço flexível (o que segura o cubo da roda) diminui o ângulo com o plano horizontal e provoca um ligeiro recuo da roda traseira relativamente ao diferencial. Se imaginarem um pendulo é facilmente perceptível que a distancia ao plano de rotação (não ao ponto) varia consoante o ângulo do pendulo deste um máximo quando o ângulo é 90º até zero nos ângulos de 0 e 180º.Este efeito faz de facto variar tanto a convergência (toe) como o camber (pendulo no diferencial). Assim ao carregar a suspensão de um determinado lado provoca na traseira um aumento do toe (a roda começa a divergir, toe out) e um aumento exagerado do camber, tornando-se muito negativo. Estes efeitos perversos torna o carro particularmente sensível de traseira com tendência a deslocar a traseira quando levado aos limites. Esta solução foi posteriormente abandonada e só usada como um opcional devido ao uso de molas de torção com maior diâmetro que tinham o mesmo efeito. Ou seja endurecer a suspensão de trás o mais possível de modo a variar pouco os alinhamentos.
É obvio que estamos a falar de uma geometria concebida nos anos 50’s que tinha o mérito de ser independente às quatro rodas, mas com um funcionamento algo perverso.


E acrescenta o "Luis":
Existiram 356 que até vieram de serie com esta mola de compensação montada. Eu tive um coupé SC de 1964 que veio nesta configuração. Diz a história que era para prevenir o aparecimento precoce do toe-in no rodado traseiro.
Achei que o comportamento melhorou até velocidades de curva não superiores a 70/80 klms, a partir dai o comportamento era idêntico aos sem  mola.

Vitória!

A partida para o circuito de Vila do Conde de 1952, disputado pela primeira e única vez no traçado "grande", uma pista quase oval com cerca de 4,500 metros de extensão. Ernesto Martorell levaria o curioso 356 Cabrio à vitória na categoria até 1500 cc, conquistando o primeiro sucesso para a marca de Stuttgart em provas de velocidade em Portugal.
Com excepção do Volkswagen de Jorge Seixas, os restantes participantes nesta corrida tripulavam automóveis produzidos no nosso país. Corte Real Pereira foi segundo, em Alba, Fernando Palhinhas em FAP foi terceiro, Nogueira Pinto (Pai) foi quarto em DM, Jorge Seixas levou o VW ao quinto lugar e Emídio da Silva fechou o grupo com o outro DM.


Certificação ACP Clássicos

Foi um sucesso a acção de certificação levada a cabo pelo ACP Clássicos para o Porsche Clube 356 Portugal na manhã do passado sábado, dia 3 de março, no posto Midas Galp de Cascais. Foram escrutinados mais de uma dezena de carros deste modelo e, no final, todos passaram com distinção no exame a que foram submetidos, facto que não surpreende. A soberba tecnologia dos Porsche 356, ontem como há 60 anos, revela-se irrepreensível.
Como se pode confirmar pelas imagens, alguns dos proprietários aproveitaram para fazer um curso acelerado de mecânica, observando (alguns com verdadeiro espanto...) as "entranhas" dos seus próprios automóveis. Outros até vieram equipados com luvas a preceito, não fosse dar-se o caso de terem de apertar algum parafuso.
Num futuro relativamente próximo algo de semelhante irá ser realizado no norte do país, provavelmente no Porto, caso assim se manifeste um razoável número de interessados.




O ACP Clássicos e o Porsche Clube 356 Portugal agradecem a colaboração da Midas Galp Cascais 

José Rodrigues Carvalho

Eis a mais recente aquisição da "família" Porsche 356 em Portugal. Trata-se de um belo Super 1600  Coupé T5 de 1961, produzido pela Reutter, e que terá começado a sua vida nos Estados Unidos. Há um ano e meio na posse de José Rodrigues Carvalho, este será um dos representantes do Porsche Clube 356 Portugal no 37ª  Porsche 356 Internacional Meeting, que terá lugar em Maio próximo na cidade italiana de Merano.
Bem vindo à família ... e ao Clube.