Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

Classic Marathon

Este Porsche 356 foi "apanhado" em Toledo, Espanha, durante o ano de 1994 e, de acordo com a placa identificadora,  encontrar-se-ia a participar na 7th Classic Marathon desse ano. Trata-se de um SC de 1963, chassis 126524. Só falta saber quem o conduzia na altura e por onde andará agora. Alguma ideia?

O piloto era Eduardo Morais. Na imagem vê-se a equipa de assistência formada por João Garrett, Israel e Ramiro. Na prova participou ainda outro português, José Vilaça, em Porsche 356 Cabrio.
Agradeço a colaboração de Jorge Nunes e D. Dias.

Rallye Lisboa - Madrid 1953

Em 1953 disputou-se a primeira edição do Rallye Lisboa - Madrid no qual participou, entre outras, esta equipa portuguesa formada pelos irmãos D. Fernando e D. António Mascarenhas, ao volante de um Porsche 356 Pre A Cabrio.
No próximo ano cumpre-se o 60º aniversário desta prova. Não estaria na altura de se pensar em organizar um Revival? Talvez não faltassem interessados.
Esta imagem pertence a um conjunto de fotografias pessoais inéditas, que irão agora ser gradualmente tratadas e reveladas no blogue  Os Heróis , do mesmo autor.


Anos mais tarde, este mesmo carro viria a ser propriedade de Nelson Soromenho (imagem de baixo), curiosamente o pai do actual presidente do Porsche Clube 356 Portugal, Luis Soromenho. Small world.
Reparem nas "guelras" abertas nos guarda lamas, supostamente destinadas a facilitar o arrefecimento dos travões. Verifica-se agora que esta invulgar "opção" já vinha do tempo em que este Porsche pertenceu a D. Fernando Mascarenhas.
Ao que consta, seria mestre Jaime Rodrigues quem concebeu a solução ideal para o problema do sobreaquecimento dos travões dos 356, criando duas entradas de ar na parte frontal dos carros, junto dos "piscas". Esse sistema estava já instalado quando o FE-18-21 pertenceu a Nelson Soromenho e foi depois adoptado como standard pela Porsche.


No Portugal Profundo

Belíssima imagem obtida durante as 500 Milhas Casino da Figueira ACP 2010, onde se vê o Porsche 356 SC amarelo de Carlos Duarte Ferreira à frente do carro idêntico, vermelho, de Mário Vital Melo.  Duarte Ferreira terminaria a prova num brilhante terceiro lugar absoluto.
A caminho da sua 7ª edição, esta maratona de quase 800km visita regularmente algumas das mais belas paisagens de Portugal, como aqui exuberantemente se confirma. Pena que os concorrentes não tenham muito tempo para as saborear.


1º Rallye Lisboa Madrid

Partida para o 1º Rallye Lisboa-Madrid de 1953, vendo-se o Porsche 356 pre-A de Manuel José Soares Mendes a dar início à sua prova.

Circuito de Tanger 1955

O Porsche Spyder chassis 550-0039, tripulado por Joaquim Filipe Nogueira, seria o vencedor do Circuito de Tanger, disputado em 1955, obtendo também o registo da volta mais rápida. Um outro português, Joaquim Correia de Oliveira, ao volante de um carro de construção artesanal, o "Olda"que se vê à direita com o nº 33, terminaria a corrida em segundo lugar.
O "Olda" foi construído em 1954 numa oficina de Águeda pelo próprio Correia de Oliveira, com a colaboração de Ângelo Costa, a partir de uma base mecânica Fiat (chassis e motor). Este carro continua em Portugal e aparece esporadicamente em eventos de clássicos.
O Porsche Spyder 550-039 foi produzido em 29/04/1955, o que quer dizer que tinha exactamente um mês de "vida" quando venceu em Tanger. Actualmente pertence a um coleccionador americano e tem o aspecto que se vê na fotografia menor. As entradas de ar que se vêem por baixo dos faróis foram mais tarde criadas por mestre Jaime Rodrigues e ainda hoje perduram.

Fotografia da colecção José Filipe Nogueira


Passeio de Ano Novo, parte II

Confirmando o princípio que um encontro pode ser sempre uma oportunidade de negócio, o Porsche matrícula "HH" mudou de mãos "em menos de um fósforo" e não foi talvez por acaso que o seu actual proprietário (JF) fez esta fotografia. Já estava de olho nele, claro.


A aldeia do Penedo, na encosta da serra, é uma das povoações mais bonitas e características de toda esta região. Não admira, portanto, que a objectiva e o talento do José Dias Silva tenham daí extraído esta extraordinária imagem.


E tudo se acabou à volta de uma mesa, em boa companhia, com boa comida, melhor bebida, uma voz , uma guitarra e, naturalmente,  um Porsche 356 como testemunha. Há melhor? (Foto JDS)


Passeio de Ano Novo

Agora já pode chover, sff. O importante era que o dia de ontem fosse o que foi, quente q.b., luminoso e ensolarado, para que a magnífica paisagem da serra de Sintra se revelasse em todo o seu esplendor. Assim aconteceu, de facto, e por isso não admira que o Passeio de Ano Novo do Porsche Clube 356 Portugal tenha atraído um número invulgar de participantes que, seguramente, deram por bem empregue a manhã que ocuparam a percorrer alguns dos troços do antigo rallye TAP, inseridos numa paisagem que a UNESCO muito justamente classificou como Património da Humanidade.
Desta vez o PC356P teve um convidado especial, o actor Joaquim de Almeida, que a todos divertiu com as suas histórias, mas que revelou algumas dificuldades na condução do Porsche 356 que tripulou durante a primeira parte do percurso. É o que dá a mania dos carros automáticos...





E tudo acabou no lindíssimo Hotel de Seteais, ao final da manhã, com direito a estacionamento privilegiado junto da fachada principal. Os nosso agradecimentos à Direcção do hotel.

Estudo

Estudo do designer Rui Queiroz para um possível cartaz a ser utilizado em eventos do Porsche  Clube 356 Portugal. Uma verdadeira delícia. E juro que não fui eu que pedi que o 356 vermelho ficasse em cima de todos os outros.
O Rui é que sabe. Talento e bom gosto são a marca da casa.

Em Cascais

Circuito de Cascais, 1964. O Porsche SC de Carlos Duarte Ferreira em plena curva no local onde hoje está instalado o centro Cultural de Cascais. Repare-se na abundância de público, o que fazia com que estas corridas se tornassem num acontecimento da maior importância naquela época.
Mas vejamos agora esta mesma curva contada na primeira pessoa.

"LEMBRO-ME MUITO BEM DESTA ZONA DO CIRCUITO, DEPOIS DA ENORME DESCIDA QUE PASSAVA PELO CAMPO DE OBSTÁCULOS, NO FINAL DA QUAL A TRAVAGEM NO LIMITE ERA MUITO IMPORTANTE. O 356 CHEGAVA LÁ ACIMA DAS 6000 RPM EM 4ª,DEPOIS PÉ NO TRAVÃO A FUNDO, AO LADO DE UMA PEDRINHA QUE EU TINHA DECORADO, 3ª, 2ª,E FAZIA A CURVA PARA A DIREITA EM DERRAPAGEM, A ALARGAR O MÁXIMO PARA A ENTRADA DA PONTE. É AÍ QUE EU VOU NA FOTOGRAFIA, COM O DIFERENCIAL AUTO-BLOCANTE QUE O QUERIDO JORGE PASSANHA TINHA MONTADO NO MEU CARRO NA SEXTA FEIRA À NOITE A AJUDAR MUITO.
MUITO ME DIVERTI NESSE DOMINGO !"
CARLOS DUARTE FERREIRA
Esta e outras histórias de Carlos Duarte Ferreira estão disponíveis no blogue  "Meio Século de Paixão" http://zmcollection.blogspot.com