Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

Made in Portugal

A marca JATO existe desde 1955 e a empresa que lhe está associada continua desde então a produzir brinquedos maioritariamente em plástico. O Porsche 356 Cabrio da fotografia foi produzido em 1967, na escala 1/32, utilizando folha de chapa e plástico. Era um modelo dito de "fricção", com propulsão autónoma, infelizmente já descontinuado.
De qualquer forma podem tentar a vossa sorte, contactando a empresa:
JATO, PEPE e BRUPLAST
telemóvel: 96 678 06 47


Fundada há mais de 50 anos por um modesto trabalhador da pequena aldeia de Alfena, a fábrica dedica-se inicialmente ao fabrico de brinquedos em chapa e madeira com a designação «Jaj». Em 1955, utilizando já o plástico, passa a utilizar a sigla «JATO» e posteriormente «PEPE», em 1977. As normas actuais de segurança impedem que estes produtos possam ser comercializados como brinquedos, pelo que a sua produção foi descontinuada. Actualmente são bastante apreciados como peças de colecção.

Monsanto 1955

Partida para a corrida intitulada Taça Governador Civil de Lisboa de 1955, disputada no circuito de Monsanto, onde se pode constatar a enorme popularidade que os Porsche 550 RS tinham na época. O vencedor seria um tal Stirling Moss, que vai no "Spyder" nº 3, com Filipe Nogueira no carro nº 1 e Wolfgang Seidel no nº 4. Um pouco mais atrás vêm Laustenschlager , com o nº5 e D. Fernando Mascarenhas, com o nº 2.
Filipe Nogueira foi o melhor dos portugueses, terminando em segundo lugar a cerca de um minuto do vencedor.


Fernando Basílio dos Santos

Fernando Basílio dos Santos foi um dos automobilistas portugueses mais bem sucedidos da década de 60, contando no seu palmarés com várias vitórias absolutas ao volante de um Porsche 356. Na imagem podemos vê-lo junto do Porsche 356 SC de Ernesto Neves, com o qual formou equipa para vencerem a Volta a Portugal de 1965. Note-se o "tanque" de combustível suplementar, provavelmente não homologado pelo fabricante, mas a verdade é que na altura ninguém se preocupava muito com essas coisas.


Festas Felizes

No momento em que ocorrem profundas alterações na composição do Presépio de Natal, aqui fica a minha sugestão. Mantém-se a vaca e o burrinho, mas acrescenta-se qualquer coisa mais invulgar para dar um toque de modernidade. Tenham então umas Festas  Felizes.
E que o próximo ano traga 356 dias de sol*. Nos outros pode chover.
* - Esperança


"Happiness is simple: eat, sleep, drive a Porsche"

Em Novas Mãos

O 356 amarelo já é bem conhecido, o novo proprietário é que não.  Coube a Vítor Borges Nascimento a missão de trazer de volta aos domínios da felicidade um carro que até há pouco tempo esteve ligado a um drama pessoal que muito marcou toda a comunidade Porsche 356 em Portugal. 
Que possa agora percorrer muitos e longos caminhos por esse mundo fora com o seu novo "protector" ao volante, são os votos deste espaço e de todos aqueles que seguem apaixonadamente o fenómeno 356 em Portugal. E alguém, num lugar distante, há-de um dia sorrir ao ver o "SO" amarelo a galgar quilómetros e quilómetros de sublime encantamento.


Através das Brumas de Sintra

Passeio matinal através daquilo que foi classificado pela Unesco como Património Mundial da Humanidade na categoria Paisagem Cultural. E não é caso para menos. Ter a sorte de poder aproveitar um dia luminoso que por vezes se veste de bruma, de poder saborear o verde intenso da vegetação e de contemplar as mágicas construções que frequentemente nos saltam ao caminho, é um privilégio de que nem todos se podem gabar.
O prodígio aconteceu durante um passeio informal organizado para o forum Lehrenkrauscafe em retribuição e agradecimento pela colaboração prestada quando do desfile do Museu de Marinha. Desta vez o percurso terminou no Museu do Ar, outra "pérola" ignorada pela maioria dos portugueses e que bem justifica uma visita demorada.
As (notáveis) fotografias são de Gonçalo Macedo e Cunha




Foto de João Folgado

Tudo em Família

Taça Cidade de Lisboa, 1954. Terá sido provavelmente a corrida de automóveis disputada em Portugal que mais Porsche 356 teve à partida, como se comprova pela imagem junto.
Já "desaparecido", o Jaguar XK 120 de D. Fernando Mascarenhas era claramente "de outro campeonato" e terminou a prova como vencedor absoluto, com Filipe Nogueira a levar o seu "apimentado" Porsche 356 ao segundo lugar. Os belos Alfa Romeo 1900 de João Lacerda e Nunes dos Santos completaram os quatro primeiros lugares. Alberto Graça, Abreu Valente, João de Castro, João Graça, etc, eram outros dos nomes que formavam a numerosa "brigada" Porsche 356 presente naquele dia de Julho no Parque de Monsanto.


III Aniversário do Porsche Clube 356 Portugal

Decorreu num dos salões do Hotel Palácio do Estoril o jantar anual comemorativo do aniversário do Porsche Clube 356 Portugal, ocasião que é também aproveitada para homenagear os associados que mais se distinguiram ao serviço da instituição durante o ano que se completa. O troféu deste ano, oferecido pela Porsche Clubs Coordination, comemora os 60 anos da fundação da Porsche Clubs Worlwide, o organismo que integra os vários clube Porsche oficiais em todo o mundo.

 Esta era apenas uma das mesas reservada aos membros do Porsche Clube 356 Portugal. Havia várias.

O troféu deste ano, atribuído a um conhecido blogger especializado em Porsche 356.

Descoberto

Foi já há cerca de um ano que este belo Cabrio foi "detectado" em Torres Vedras, à porta do Hotel Império. Tinha chapas de matrícula de … Mónaco. Será que veio passear ou terá ficado por cá?
Alguém sabe?


Ernesto

1964. Ernesto Luis Tristão César das Neves, a.k.a. "Nené", com dezoito anos acabadinhos de fazer e cheio de vontade de deixar a sua marca no automobilismo nacional. Nada melhor que um Porsche 356  B para começar.
Depois, foi o que se sabe.


As Cores do Outono

Mais uma belíssima imagem relativa ao passeio de Outono que o Porsche Clube 356 Portugal realizou em outubro passado. Seguramente um dos lugares mais bonitos e interessantes de Portugal, a serra do Gerês adquire nesta altura do ano uma panóplia de cores que a tornam num verdadeiro regalo para os sentidos. Pena que nem todos os portugueses possam (ou saibam…) aproveitar os verdadeiros tesouros que têm "à mão".
Os Porsche 356 não precisam de muita cor para se tornarem interessantes, mas este cenário só teria a ganhar se - apenas nesta circunstância, note-se -  os tons cinza dessem lugar a cores mais vivas. Talvez em consequência deste facto, começou a constar que o Cabrio que se vê em primeiro plano se prepara para voltar à cor original.


Rallye do ACP 1964

Jorge Passanha e o seu Porsche 356 C durante o Rallye do ACP de 1964.


"Este SC cinzento, de matrícula II -31- 48, depois de resultados interessantes nos ralis que disputou, acaboui por ter um grave acidente na Volta à Madeira. O pilotou retirou-se das competições e do 356SC sobrou apenas parte da mecânica. Por exemplo, o motor foi para o1600S de José Lampreia, o autoblocante para o SC de Carlos Duarte Ferreira e por aí."
Luis  Sousa


"É bom recordar queridos amigos e meus "mestres"de condução, o Jorge Passanha e o Zé Lampreia.
Atrás desse Porsche cinzento, guiado pelo Jorge, no regresso dum Rally em1964,( S Pedro de Moel ? Monfortinho ?) guiei melhor do que nunca o meu SC na estrada, a seguir aquelas maravilhosas trajectórias...Treinei o circuito de Cascais, em 64, sexta feira normal, sábado com o autoblocante do Jorge montado durante a noite na sua oficina no meu carro. Quem me ensinou a guiar com "aquilo" foi o Zé Lampreia, ao meu lado sem capacete… Belos Amigos, belos tempos. "
Abraços do Carlos Duarte Ferreira



É de referir que Jorge Passanha foi o vencedor da categoria de Grande Turismo deste ACP 1964. Numa classificação geral teria sido o 5º classificado, suplantado pelos 2 Alfas e 2 Mercedes oficiais.
Diga-se, também, que estes foram os resultados definitivos, dos quais foram excluídos participantes que teriam alterado estas classificações. Para a história, o que conta é o que acima se reproduz.
APF 

Calendário 2013

Eis o Calendário 2013 produzido em número limitado (99 exemplares) e em rigoroso  exclusivo para os membros do fórum Lehrenkrauscafe. Foi concebido pelo Arquitecto Filipe Oliveira Dias, com edição de fotografia de António Gorgal e produção a cargo de Mário Barroso, Armando Ceia e José Camiña, a.k.a. Zico. O exemplar que aqui se revela tem nº 30, tendo sido autenticado e assinado pelo autor.
Felicito a administração do Lehrenkrauscafe e toda a equipa de produção por este excelente trabalho, que espero tenha continuidade.
Naturalmente, o facto de o "carrito do costume" ter sido escolhido para ilustrar o mês de junho resulta apenas de uma feliz coincidência e nada tem a ver com as "doces" palavras do parágrafo anterior.
Bom gosto, é o que é.


A Arte de Souto Moura

Eduardo Souto Moura, artista, arquitecto e professor, é também um apaixonado pelos Porsche 356, dos quais diz ser proprietário de "dois e meio". Como não podia deixar de ser, é membro fundador do Porsche Clube 356 Portugal. 
Em 2011 venceu o Prémio Pritzker, o mais importante galardão de arquitectura em todo o mundo, e na cerimónia de entrega teve direito a um discurso de felicitações por parte de um tal … Barack Obama! Apesar disso, ainda há em Portugal quem não faça a mínima ideia do que ele representa para o país.
Hoje, quinta feira, foi inaugurada a exposição "Souto Moura - Esquissos de uma vida", na Galeria João Esteves de Oliveira, em Lisboa. Passei por lá, comprei uma obra, apresentei-me e pedi ao artista que me autografasse o catálogo. "Saiu" esta Obra de Arte: a visão de Souto Moura de um Porsche 356 "Speedster" a caminho do Estoril.



No Minho

Algures no Minho, 1970. Provavelmente Vila Praia de Âncora em fundo. A criança que posa com a mãe junto do Porsche 356 branco chama-se Rui Queirós e quando crescer virá a tornar-se num "mago" do design e da fotografia. Será também o autor do logo do Porsche Clube 356 Portugal,  destino que não surpreende se atendermos ao facto de a "contaminação" ter ocorrido em tão tenra idade.


Rallye do ACP 1959

Manuel e Augusto Palma, em Porsche 356 A 1600 Super Hardtop,  durante o Rallye do ACP de 1959, que ligou Aveiro ao Estoril entre 3 e 6 de Dezembro. Este carro, com a matrícula GD-75-10 e construído em 1957, foi originalmente importado por João de Castro para seu uso pessoal. Tinha uma transmissão idêntica à do Porsche 550 RS, com 5 velocidades, acoplada ao motor *P-81405*. O chassis tinha (tem?) o número *150048*. O carro era verde por baixo e branco em cima.

Os Palma terminaram por se classificar em 3º da geral, depois de, nas primitivas classificações, aparecerem no 2º lugar. Todavia, alguns apelos de concorrentes estrangeiros para a FIA tiveram provimento, pelo que ditaram alterações nas classificações definitivas. Vem daí a perda de um lugar da família Palma. 
E poderá saber-se o que fizeram os Palma para merecerem tal castigo? 
Nada, os Palma nada tiveram a ver com o caso; eventualmente passei ao papel (ao papel, não será bem…) uma ideia errada. Toda a questão anda à volta do Regulamento da prova e da sua aplicação pelos organizadores, na parte respeitante às cores dos números de competição e ao contraste que deveriam ter em relação à cor da carroçaria. A interpretação muito rígida dessa parte do regulamento e os interesses em jogo - decidia-se nesta prova o Europeu de Ralis - geraram alguns protestos e subsequentes apelos para a FIA por parte de alguns concorrentes estrangeiros. A FIA ao dar razão a alguns desses apelos obrigou a refazer a classificação primitiva. Assim, o francês Paul Coltelloni foi colocado em 2º lugar, lugar que inicialmente pertencia aos Palma. Este caso já aqui foi abordado aquando, salvo erro, da publicação da foto de outro concorrente português, "Pimca" de pseudónimo. Já agora e segundo a "vox populi" do nosso meio, a opinião da FIA sobre a aplicação dos regulamentos por parte do ACP, veio, de alguma forma, a influenciar os resultados do subsequente rali do ACP a contar para o Europeu, disputado cinco anos depois !|!
Ângelo Pinto da Fonseca
Anónimo

Bruno Aires

Foi já visivelmente debilitado que Bruno Aires compareceu em Braga com o seu bonito Porsche 356 amarelo para participar no Concurso de Elegância Porsche 356 realizado no passado dia 27 de Novembro. Apesar de gravemente doente, o Bruno fez questão de marcar presença, dando assim um notável exemplo de coragem e determinação, vivendo avidamente até ao fim a sua paixão pelos carros antigos, em geral, e pelos Porsche 356, em particular.
O Bruno Aires deixou-nos ontem. Tinha apenas 45 anos.
Em nome dos apaixonados e entusiastas dos Porsche 356 em Portugal, aqui fica a nossa sentida homenagem e o nosso obrigado pela forma como soube honrar a nossa pequena comunidade.
Que fique em Paz.


Alberto Graça

Alberto Graça, 16º classificado no Rallye Internacional de Lisboa (Estoril) de 1952, 2º na classe respectiva, aqui fotografado com a família à chegada ao Estoril.
Fotografia de Luis Sousa.


Era Uma Vez na Itália

Era uma vez na Itália. Algures nas Dolomites, bem perto da fronteira com a Áustria. Um grupo de cerca de duzentos Porsche 356 percorre as sinuosas mas belíssimas estradas de montanha até que um deles, surpreendentemente, avariou. O que foi, o que não foi, logo aparece um  companheiro de equipa, depois outro e, de seguida, um Cayenne (espécie de SUV concebido para americanos…) carregadinho de assistência. Oficial, por acaso.

Afinal não era nada de grave, a peça existia em stock, era só pagar ($$$$$$) e instalar.

Um avental para não sujar a preciosidade e um cigarrito para descontrair. "Cu-cu, olhó passarinho"!

E chega mais um amigo, tão solidário que até abriu o capot para "fingir" que também estava avariado. Não estava. Parou só para "dois dedos de conversa".

Mas entretanto continuava a chegar gente (mais um cão, quer dizer…) num veículo algo estranho. Vai uma ajudinha?

Sim, claro. Quantos mais, melhor. E não falta quem diga como se faz, até ajuda. É ali, tázaver?

Quando damos por isso, parece que estamos numa festa. Gente, carros, tractores e vinhas a perder de vista. Bora lá provar um branco fresquinho?

E pronto. Tudo se resolveu "with a little help from my friends". O carro avariado voltou à vida, e que vida. Meses mais tarde seria eleito o Porsche 356 mais bonito de Portugal. Ele há cada coisa…

Fotos de Josef Pulzl

Mais um Cabrio

Descoberto recentemente em Braga durante o Concurso de Elegância Porsche 356, eis o 1963 B Cabrio de Pedro Saleiro, chassis #157201. Pode ser visto com frequência (espera-se) a circular no norte do país, em especial na zona de Esposende.


Circuito Vasco Sameiro

Imagens obtidas no dia 27 de Outubro no Circuito Vasco Sameiro, em Braga, quando os Porsche 356 entraram na pista para participarem no Garagem Aurora Festival of Speed 2012. A experiência foi muito interessante, particularmente para os menos habituados a estas coisas, como é o caso do autor do blogue. Todos se divertiram e ninguém se magoou, pelo que o saldo é extremamente positivo.
As imagens falam por si.
Agradeço a Rui Correia duas das fotografias que ilustram este texto.






Passeio de Outono Clube 356

Na sequência do Concurso de Elegância Porsche 356, realizou-se também o Passeio de Outono do Porsche Clube 356 Portugal, desta vez percorrendo uma parte do cenário idílico da Serra do Gerês ainda por cima com o benefício de um sol esplendoroso. Para completar um dia já de si verdadeiramente magnífico, os participantes foram recebidos no Mosteiro de Tibães com um delicioso almoço confeccionado e servido por um grupo de simpáticas missionárias "Donum Dei", da ordem das Carmelitas, que completaram um serviço já de si excelente com uma cantiga tradicional "afrikander" em homenagem a uma aniversariante.
Conduzir um Porsche 356 pelas estradas do Gerês, em dia de sol, e acabar com um bacalhau com broa no cenário austero mas belíssimo do Mosteiro de Tibães. E ainda houve uns sortudos que puderam visitar uma Galeria de Arte. Há coisa melhor?
Por último, aqui deixamos uma palavra de piedosa (coisas do mosteiro...) compaixão para aqueles que, como habitualmente, "gostavam de ter ido". Mas não foram, claro.





O Mais Bonito Porsche 356 de Portugal

Já se suspeitava, mas agora é oficial. Depois de realizado no dia 27 de outubro o Concurso de Elegância Porsche 356, evento promovido pelo Porsche Clube 356 Portugal e Club Racing, confirmou-se que em Portugal existe um carro que está um pouco à frente de todos os outros (ver foto) em matéria de estética e qualidade de recuperação / manutenção. Trata-se do 1957 A Coupé de Helder Valente / Júlia Rocha, quase unanimemente votado pelo muito público presente no "paddock" do Circuito Vasco Sameiro como o melhor entre os dezasseis participantes naquele que foi o primeiro concurso Porsche 356 realizado em Portugal.
O Centro Porsche Porto / Braga patrocinou o evento e, no final, Hugo Ribeiro da Silva fez a entrega do troféu ao feliz vencedor. Todos os concorrentes receberam lembranças do Centro Porsche, gesto que aqui aplaudimos e agradecemos.

 Imagem simbólica. Já em Merano o futuro "Porsche 356 mais lindo de Portugal" andava à frente dos outros.


 Hugo Ribeiro da Silva, do Centro Porsche Braga / Porto entrega o troféu a Helder Valente, na presença dos responsáveis pela organização, Rui Sanhudo e José Guedes.
Em baixo: os carros permaneceram durante cerca de duas horas em exposição, após o que alguns dos concorrentes mais arrojados deram entrada na pista para revelarem todas as suas vastas capacidades


Corrida Flat4 Only, Porto 2013

Patrick Peter, o organizador Grande Prémio do Porto de Clássicos a disputar no circuito da Boavista em junho de 2013, pretende incluir no programa um corrida Flat4 Only, a exemplo do que aconteceu no ano passado no Grande Prémio de Pau e que atraiu um número considerável de Porsche 356 de vários tipos e versões. Como não podia deixar de ser, esperamos uma boa representação nacional neste invulgar mas extremamente aliciante evento. Preparem os vossos carrinhos, meus senhores!
Clique aqui para ver imagens da corrida de Pau


Lordelo do Ouro, 1966

Embora a maior parte dos portugueses desconheça este nome, Lordelo do Ouro, a verdade é que se trata de uma freguesia onde em 1966 se disputou o XI Circuito do Porto, num traçado urbano difícil mas entusiasmante.
A imagem de Carlos Gilbert documenta o momento da partida em que se vê Carlos Santos (Jaguar E) à frente dos outros participantes. O Lotus Elan de Manuel Nogueira Pinto já tinha "desaparecido", porque se antecipou à bandeirada e viria a ser penalizado por isso. Pedro Torres Fernandes, em carro idêntico (nº35) seria o vencedor. No meio de tudo aquilo está João Paulo Sottomayor e o seu Porsche 356 já cansado e "fora de moda". Mesmo assim conseguiu um lugar a meio da grelha de partida e um respeitável 6º lugar à chegada.
Segundo a imprensa da época, o piso do circuito era tão mau que António Peixinho e Aquiles de Brito se recusaram a participar com os respectivos Ferraris.
Nota - o carro de Torres Fernandes não era "idêntico" ao de Nogueira Pinto, como muito bem observa o leitor Luis no seu comentário. De facto tratava-se de um 26R, versão bem mais competitiva que o Elan "tuned by Palma" de "Mané".


Aventuras de um Português na Venezuela

João Rezende dos Santos

  Este piloto Português tinha andado em circuitos e ralis ao volante de um Simca 8.Teve prestações de relevo em Vila Real 1949, onde na categoria de Turismo só ficou atrás dum Austin Atlantic de 2660cc, batendo outros Simca conduzidos por pilotos de renome, tais como Elisio de Melo. Competiu em ralis e rampas, sempre com bons resultados. 
Em 1952 resolveu emigrar para a Venezuela, onde montou uma empresa de estruturas para a constuçao civil. Como o "bicho" do desporto automóvel o perseguia, comprou um MG e logo conseguiu  bons resultados. Porém, verificando que o Porsche 356 era o caminho a seguir na classe 1300, adquire um Cabrio  com o qual se torna Campeão Nacional da Venezuela em 1953. Evoluindo, vence no mesmo ano na categoria superior, ao volante de um Allard J2 Cadillac. Depois adquiriu cinco Ferraris, um Maserati, um Aston Martin e um Mercedes 300SL, sendo que neste último conquistou a primeira vitória internacional da marca para a versão Roadster.
Conviveu com Fangio, de Fillipis, Caballen ,etc. Em Itália, com o apoio do governo Venezuelano, comprou na Ferrari o Monza 750 reconstruido que tinha vitimado Alberto Ascari e de mediato começou a brilhar, antes de regressar definitivamente à América do Sul. 

Em 1958 abandonou as corridas para atender aos afazeres profissionais, que aumentavam.
A sua última corrida aconteceu ao volante de uma Ferrari 250GT TDF.

Texto e fotos de Luis Sousa


 Los Proceres, 1953